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Espaço reservado para mencionar grandes músicos e canções da música popular brasileira que ecoam de forma atemporal

 

O livro 101 Canções  que tocaram o Brasil , publicado em 2016, como o

próprio nome sugere, é uma seleção feita por Nelson Motta que além de nos mostrar um pouco mais sobre a história por trás de grandes músicas brasileiras, traz curiosidades muito interessantes acerca dos seus intérpretes. O livro foi publicado pela Editora Estação do Brasil e com certeza é uma ótima leitura. Selecionamos algumas músicas que foram mencionadas no livro, divirta-se.

Aquarela do Brasil

Surgida a oito décadas, pode-se dizer que é um hino informal do Brasil. Escrita por Ary Barroso e lançada em pleno Estado Novo, Aquarela do Brasil é um ótimo exemplo do samba-exaltação, intensamente ufanista e auxiliador da venda da imagem de um país exuberante, mas que na verdade estava repleto de contradições e injustiças.

A música se tornou famosa por sua aparição em 1942 num filme da Walt Disney como trilha sonora do personagem Zé Carioca e desde então foi regravada por grandes nomes da música como Elis Regina, Gal Costa, Tom Jobim e até mesmo Frank Sinatra.

 

Asa Branca

É certamente o maior sucesso de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. A música foi composta pelo próprio Gonzagão juntamente com Humberto Teixeira em 1947. Como bem retrata sua música, Gonzaga foi um dos nordestinos idos para o Sudeste para tentar melhorar de vida. Para isso, tocavas valsas, polcas, tangos e boleros em bares do Rio de Janeiro até que um belo dia um grupo de estudantes nordestinos pediu para que ele tocasse pé de serra. Para sua surpresa, o público adorou, o que fez com que o artista começasse a se destacar.

 

Não quero dinheiro (Só quero amar)

Depois de cinco anos nos EUA, Tim Maia retorna ao Brasil num momento crítico para a música brasileira devido á Ditadura, e traz na mala influências do funk, do soul e do R&B americanos. A música foi lançada em 1971 no seu segundo álbum e foi responsável por sedimentar o estilo de Tim Maia no Brasil. A canção recebeu regravações de Ivete Sangalo e Marisa Monte.

 

Metamorfose Ambulante

 

 

 

Metamorfose Ambulante, lançada em 1973, é o autorretrato de um artista em eterna revolução interna. É uma carta de intenções anunciando os seus planos de voo livre, apostando nas contradições como uma das chaves para lidar com um mundo sempre em movimento. Essa música foi a que melhor expressou o estilo de Raul Seixas.

 

 

O mundo é um moinho

Um verdadeiro clássico, a música é a faixa de abertura do segundo álbum solo do Mestre Cartola, lançado em 1976. Cartola nega que a música seja autobiográfica, sendo a inspiração  advinda da desilusão amorosa de uma sobrinha sua. A letra consiste em uma conversa de um homem experiente  uma jovem, a qual recebe alertas sobre as mesquinharias do mundo que, como um moinho pode triturar os seus sonhos e reduzir suas desilusões a pó. A música recebeu regravações de grandes artistas como Beth carvalho e o antológico Cazuza.

 

Força estranha

A música é a última da trilogia de músicas que Caetano Veloso dedicou a Roberto Carlos e foi lançada em seu álbum no ano de 1978. Caetano estava exilado e Roberto foi visitá-lo, daí a música “Nos caracóis dos teus cabelos” feita por Roberto e Erasmo e dedicada a Caetano. A inspiração para Força Estranha veio após um encontro casual entre os dois artistas em que Roberto comentou que artista nunca envelhece. Caetano ficou com a frase na cabeça e pensando no estilo de Roberto, escreveu a música.

Admirável gado novo

A força, a audácia e a personalidade de Zé Ramalho são muito bem demonstradas na música. A letra de manifesto entre o cordel e o manifesto político que questiona a passividade da população frente aos governantes e faz um paralelo com a distopia criada pelo escritor inglês Aldous Huxley no livro Admirável mundo novo.  A música foi tema da novela O Rei do Gado, da Rede Globo em 1996. Em 1997 recebeu uma regravação da genial Cássia Eller, responsável pela explosão da música nas rádios e por dar nova vida à canção.

 

Comida

 

Foi lançada e 1987 no quarto álbum dos Titãs e se tornou uma das músicas mais marcantes, um verdadeiro hino da inquietação do brasileiro frente à nova democracia. A composição da letra começou com Arnaldo Antunes, que escreveu a primeira frase e mostrou para os outros componentes da banda, criando juntos o restante da letra e a melodia. O funk eletrônico pesado foi composto por Liminha e inspirado em Prince. Interpretes da MPB como Marisa Monte, Maria Bethânia e Ney Matogrosso adotaram a música em seus repertórios, sendo gravada até pelo grupo Exaltasamba  

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